Cautela

Ministro da Defesa comenta mudanças no protocolo de segurança do Rio-2016

Além dos 22.850 integrantes das Forças Armadas destacados para atuar no Rio de Janeiro, outros 3.200 ficarão de prontidão em seus Estados

Fotos Públicas -

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou nesta sexta-feira (15) que os protocolos de segurança durante os Jogos Olímpicos serão revistos depois do ataque terrorista em Nice, na França, e que, além dos 22.850 integrantes das Forças Armadas destacados para atuar no Rio de Janeiro, outros 3.200 militares ficarão de prontidão em seus Estados e serão deslocados em caso de necessidade.

As barreiras para revista do público que assistirá às competições serão reforçadas. O espectador passará primeiro por uma barreira onde deverá se identificar. A identidade de cada um, segundo Jungmann, será confrontada com um cadastro de 500 mil pessoas "que têm relação ou suspeita de relação com terrorismo". As informações foram repassadas por vários países.

Na segunda barreira, serão vistoriados todos os pertences levados pelas pessoas, com radiografia de bolsas, mochilas e equipamentos. Uma terceira forma de controle será, na definição do ministro, o monitoramento do comportamento do público. Dez mil agentes de segurança trabalharão à paisana nas áreas de competições, em busca de pessoas com atitudes suspeitas. "O público deverá se comportar de maneira tal a não atrair nem chamar atenção das pessoas que estarão disfarçadas dentro das arenas", disse Jungmann.

"O evento de Nice nos preocupa e essa preocupação irá se traduzir em mais controle, mais segurança, mais gente e procedimentos que vão ser ampliados", afirmou Jungmann, depois de desembarcar na base aérea do Galeão, nesta sexta-feira. O ministro viajou de Brasília ao Rio com 200 militares da Aeronáutica e da Marinha deslocados de Mato Grosso, Pará e Amazonas para atuar nos Jogos Olímpicos.

Segundo Jungmann, na próxima semana entrará em funcionamento o Centro Integrado de Contraterrorismo, onde se concentrarão agentes de inteligência de cerca de 100 países que se deslocarão para o Rio de Janeiro e trabalharão em conjunto com as equipes brasileiras. "Aproximadamente 106 países mandarão representantes para o centro internacional de inteligência. Esse pessoal todo está colaborando conosco. Até agora não tivemos indicativo de ameaça potencial ou real de que venha a ocorrer algum atentado terrorista no País", disse. Uma equipe de agentes de segurança brasileiros foi enviada à França para acompanhar as investigações do atentado de 14 de julho.

O ministro disse que é possível que sejam ampliadas as áreas de restrição de tráfego de veículos, mas que um novo mapeamento desses pontos ainda será discutido. "Vamos ter mais barreiras, barreiras mais rigorosas, mais áreas de vigilância. Isso vai gerar certo desconforto, mas é necessário para garantir a segurança da população durante os Jogos".

O ministro explicou que entre oito e 10 países, entre os quais França, Estados Unidos e Israel, são considerados de alto risco de sofrerem ataques e terão a segurança de suas delegações reforçada. A decisão já havia sido tomada, disse o ministro, antes do atentado em Nice. Um exemplo do cuidado redobrado com países vulneráveis citado pelo ministro foi o fato de que a delegação dos Estados Unidos ficará hospedada na Escola Naval, no Centro, área que já tem normalmente a segurança reforçada, e não na Vila Olímpica, na Barra da Tijuca (zona oeste).

Jungmann informou que entre 47 mil e 48 mil agentes, somando policiais civis, militares, federais e rodoviários federais e integrantes das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança, estarão nas ruas do Rio de Janeiro durante os Jogos. "É quase sete vezes mais do que o número de agentes de segurança que atuam normalmente nas ruas do Rio de Janeiro", disse.

Também nesta sexta-feira, na base aérea do Galeão, um grupo de militares recebeu treinamento para atendimento a vítimas em caso de ataques químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares. Um avião e um helicóptero da FAB foram equipados especialmente para socorro e resgate de vítimas desse tipo de terrorismo.

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